Advocacia piauiense lança petição por igualdade de gênero na Ordem 6c47c

22/03/2018 08h20

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Fonte florianonews.piauiconectado.com

A advocacia piauiense deu o pontapé inicial ao movimento “Iguala OAB”, com o lançamento do site www.igualaoab.com.br, nesta quartta-feira (21). A iniciativa, encabeçada pelas advogadas Geórgia Nunes e Andréia Araújo, busca reunir, através de uma petição eletrônica, s para exigir igualdade de gênero nas composições das chapas que irão concorrer nas eleições da OAB Piauí, que ocorrerão em novembro deste ano.

De acordo com a advogada Geórgia Nunes, o movimento “Iguala OAB” é uma forma de chamar a atenção da sociedade para a baixa representatividade feminina nos cargos decisórios e nos espaços que lhe são de direito.

“Esta noite consagra o lançamento do movimento "Iguala OAB” e reforça a necessidade de engajamento entre homens e mulheres para alcançarmos a igualdade que defendemos. Queremos chamar atenção para a baixa representatividade das mulheres e que todos e todas possam dizer que querem uma OAB igualitária, inclusiva e democrática. No momento oportuno, quando acontecerão os registros de chapa, certamente teremos uma realidade diferente. Queremos mostrar para as mulheres que esse espaço é delas também e que a Ordem será melhor gerida quando tivermos homens e mulheres ocupando os espaços de maneira equilibrada", diz Georgia Nunes.

No evento de lançamento, dezenas de advogados e advogadas manifestaram seu apoio ao projeto, que tem como uma de suas metas superar o tratamento desigual em relação às mulheres e desconstruir as barreiras que dificultam as advogadas achegarem aos mais altos patamares da carreira, inclusive aos cargos decisivos da Ordem, combatendo o discurso de que mulheres não se interessam por política.

“Precisamos acabar com esse discurso de que mulher não vota em mulher, de que somos desunidas, isso não é verdade. A verdade é que mulheres não têm mulheres para votar. Esse movimento é nosso, de homens e mulheres. Temos que tirar esse filtro que estamos olhando para a sociedade de achar que as mulheres já chegaram, que as mulheres já conquistaram e que não se discrimina a mulher, pois, agindo assim, você está abrindo mão de lutar pela liberdade, você está abrindo mão de lutar pela democracia. Essa luta não é só das mulheres, é de todos”,
destaca a advogada e vice-governadora Margarete Coelho.

Para a secretária geral adjunta da OAB-PI, Élida Fabrícia Franklin, a luta que está sendo abraçada pelos direitos de igualdade de gênero é uma dívida com as gerações adas e um compromisso com o futuro. “Que nós possamos lembrar e acreditar que o que nós estamos fazendo hoje é uma dívida e uma responsabilidade. Dívida com as mulheres do ado, que precisaram dar a vida para que hoje nós tivéssemos direito à fala. E nossa responsabilidade é que, em poucos anos, as nossas filhas não precisem ar pelas mesmas tormentas que nós amos hoje”, diz.

De acordo com Andréia Araújo, as atividades do movimento irão acontecer até o mês de novembro e já tem recebido manifestações de advogadas de outros estados brasileiros. “Hoje é só o começo. É o lançamento de um grande movimento que vai alcançar todas as esferas da nossa sociedade, não só no Piauí, mas no Brasil inteiro. A começar pela OAB, que é a casa da democracia. Se nossa instituição defende a democracia temos que começar por ela, a igualdade, incluindo homens e mulheres em pé de igualdade e em todo o país”, conclui a advogada.

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Tópicos: advogadas, igualdade, movimento, sociedade