Advogado nega crime de grilagem e afirma: "verdade virá à tona" 2f511p
04/03/2017 08h16Fonte florianonews.piauiconectado.com
A TV Cidade Verde conversou com dois dos presos na operação Sesmaria que investiga crimes de grilagem de terras no Piauí. O agrimensor José Robert Leal Rocha e o advogado Manoel de Sousa Cerqueira foram os primeiros a deixar a sede do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e negam as acusações.O advogado Manoel de Sousa Cerqueira disse que a verdade virá à tona e chorou enquanto esperava para no Instituto Médico Legal para ser submetido a exame de corpo de delito. Para o MP, ele peticionou nos autos, reando informações falsas.
"Cada instituição faz o que acha que é necessário. O Ministério Público achou que fosse necessário e assim o fez. Vamos agora ver o desenrolar dos fatos. Estou muito tranquilo e sereno, mesmo porque a verdade virá à tona", disse o advogado que nega envolvimento no esquema.
O agrimensor disse apenas que aguardará o andamento das investigações.
"Estou sabendo agora. Não recebi intimação, tô sabendo agora. Vou fazer o exame de corpo de delito e ver as outras averiguações. Não medi nada não", disse o agrimensor que, de acordo com a investigação do Ministério Público do Piauí, era responsável por elaborar laudos falsos com a área registrada diferente da área real.
A defesa do advogado Manoel de Sousa informou que vai pedir a revogação da prisão temporária.
"Tivemos o apenas a poucas peças dos autos. Estamos providenciando, junto a comarca de Canto do Buriti, a cópia completa do processo. No final será esclarecido que tudo isso não a de um mero engano. Infelizmente tem esse decreto de prisão temporária, mas estamos ingressando com um pedido de liberdade ainda hoje", disse Aislan Siqueira, que faz a defesa de Manoel de Sousa.
Os investigados aram por exame de corpo de delito para constatar se houve algum tipo de lesão durante abordagem policial.
Além dos dois, o juiz aposentado Cícero Rodrigues e o advogado Linconl Hermes Saraiva Guerra também são investigados no esquema criminoso e teriam participação na grilagem de 24 mil hectares de terras, a área é superior ao território de Teresina.
As prisões foram temporárias e até momento não foi requisitado a conversão em prisão preventiva. Os valores das terras ainda estão sendo levantados, bem como a quantia arrecadada com o esquema criminoso.
Durante a operação Sesmaria foram apreendidos materiais de georefenciamento e computadores na residência do agrimensor. Todas as prisões ocorreram na Capital, nas zonas Sul e Leste.
Os suspeitos devem responder por associação criminosa, falsidade ideológica, corrupção ativa e iva e ficarão em cela especial na sede do Corpo de Bombeiros, em Teresina, por serem portadores de curso superior.
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