Palco Giratório traz debates, intercâmbios e espetáculos de dança e circo para Teresina 92y1l
23/05/2025 11h17Fonte Assessoria de Comunicação
Imagem: Divulgação
Palco Giratório traz debates, intercâmbios e espetáculos de dança e circo para Teresina.

A 27ª edição do Palco Giratório, maior projeto itinerante de Artes Cênicas do Brasil, já começou.
Este ano, 16 grupos de 15 estados circularão por 96 cidades até dezembro, apresentando espetáculos de teatro, circo, dança, performance e teatro infantil, além de debates e intercâmbios entre os grupos.
A grandiosidade do projeto se mostra pela diversidade regional dos artistas, das múltiplas linguagens envolvidas e pelo número de espetáculos que chegam ao público.
O Circo é o grande homenageado do Palco Giratório 2025 por meio da Escola Pernambucana de Circo, projeto social de grande impacto na periferia do Recife, e de Fátima Pontes, líder da Companhia há 27 anos. Fátima é referência na arte circense do país, além de atriz, pesquisadora e dramaturga.
“O Palco Giratório permite essa difusão e o intercâmbio entre artistas e o público nas mais diferentes expressões criativas. A curadoria é formada por profissionais do Sesc de todo o país que acompanham o cenário teatral em suas regiões. Isso possibilita essa diversidade de apresentações e temáticas, que retratam a riqueza da produção cênica brasileira. Outro ponto relevante é o poder que esse modelo de itinerância tem de impulsionar a economia criativa, ao levar artistas para um número tão grande de cidades, movimentando a cadeia da cultura e de outros setores, como logística, comércio e hotelaria”, destaca Janaina Cunha, Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc.
Histórico do projeto
O Palco Giratório foi lançado em 1998 e já contou com a participação de 412 grupos artísticos de todas as regiões brasileiras, oferecendo cerca de 10.000 apresentações a um público estimado em mais de 5 milhões de espectadores.
É reconhecido no cenário cultural brasileiro como um importante projeto de difusão e intercâmbio das Artes Cênicas, que intensifica a formação de plateias a partir da circulação de espetáculos dos mais variados gêneros.
Confira programação em Teresina:
Espetáculo de Dança “Bonito pra chover” – Grupo Promulti (PI)
Data: 04/06 às 19h
Local: Teatro do Sesc Cajuína
Classificação livre
Entrada solidária: 1kg de alimento não perecível
*Duração: 40 minutos
Sinopse: O que se enuncia quando o tempo fecha? Quando uma chuva está prestes a cair? No Nordeste, especialmente no Piauí, é comum ouvir as frases “está bonito pra chover”, “vai cair um toró” ou “um pé-d’água”. Partindo desse intento, “Bonito pra chover” é um tempo que se fecha, uma chuva que surge como uma inconstante, que se arquiteta em camadas à procura do outro, formando um ambiente instável, calmo e, por vezes, arriscado. É a construção de um caminho num espaço vivo que se desdobra em um verdadeiro vendaval de pedras, deixando uma devastidão. É uma poética de questões sociopolíticas que permeiam a sociedade em tempos de resistência.
Espetáculo de Dança “Água redonda e comprida” – Coletivo Água Redonda e Comprida (RS)
Data: 05/06 às 19h
Local: Teatro do Sesc Cajuína
Classificação livre
Entrada solidária: 1kg de alimento não perecível
*Duração: 55 minutos
Sinopse: O espetáculo “Água redonda e comprida” apresenta, por meio da dança, o universo das águas desde a perspectiva cosmológica do povo Kaingang. Como os outros seres vivos, as águas são consideradas parentes e têm as marcas dos clãs do povo Kaingang. As nascentes são as águas redondas, as águas que brotam e pertencem à metade Kainhru. Os rios são as águas compridas, as águas que correm e pertencem à metade Kame. É na complementação entre as águas redondas e compridas que o mundo pode ficar em equilíbrio.
Debate “Pensamento Giratório” com o Coletivo Água Redonda e Comprida (RS) e mediação do Grupo Promulti (PI)
Data: 06/06 às 10h
Local: Sala Black Box do Sesc Cajuína
Público-alvo: artistas, estudantes, professores, pesquisadores e interessados em Artes Cênicas, Educação e Cosmologias Indígenas
30 vagas | Duração: 2h | Classificação livre
Inscrição: link na bio
Entrada solidária: 1kg de alimento não perecível
Proposta do Pensamento Giratório: A atividade compartilha os motivos que levam à criação da obra, refletindo sobre o poder e o papel da arte para demarcação dos saberes Kaingang e para a construção de futuros possíveis. As artistas orientadoras Kaingang abordam a relação com as águas desde a ideia de complementaridade e reciprocidade, refletindo sobre as catástrofes ambientais e as cheias recentes ocorridas no sul do Brasil a partir da perspectiva do povo Kaingang.
Espetáculo de Circo “Marias da Terra” – Trupe de Mulheres Esperança Garcia (PI)
Data: 06/06 às 19h
Local: Sala Black Box do Sesc Cajuína
Classificação livre
Entrada solidária: 1kg de alimento não perecível
*Duração: 50 minutos
Sinopse: O espetáculo “Marias da Terra, as palhaças agricultoras” é um trabalho inspirado nas mulheres rurais, onde quatro palhaças apresentam personalidades e referências distintas e complementares entre si. As palhaças entram em cena convidando o público a participar do espetáculo através de uma relação cômica e afetiva da sabedoria popular e rural, contando causos que se relacionam com a estética da palhaçaria feminina e da vida no campo.
Espetáculo de Circo “Divagar e sempre” – Grupo Las Cabaças (PA)
Data: 07/06 às 18h
Local: Teatro do Sesc Cajuína
Classificação livre
Entrada solidária: 1kg de alimento não perecível
*Duração: 55 minutos
Sinopse: No meio da floresta, Bifi e Quinan procuram chegar a um lugar utópico e desconhecido, que vai se construindo à medida que caminham. O dia a dia das palhaças na canoa e nas terras por onde pisam, o encontro com a onça pintada, a singela alegria de um peixe pescado, os sons, a solidão e o medo revelam ao espectador o imaginário misterioso desse lugar e dessas figuras. O espetáculo reflete a amizade da dupla, onde uma quer chegar “Lá” e a outra quer ficar “Aqui”, mas sempre seguindo juntas rumo ao desconhecido. Divagar e sempre é um espetáculo dedicado a todos que vivem nas beiras dos rios amazônicos.
Intercâmbio Circense com o Coletivo Las Cabaças (PA) e a Trupe Esperança García (PI)
Data: 08/06 às 14h
Local: Sala Black Box do Sesc Cajuína
Público-alvo: artistas circenses, artistas da palhaçaria e/ou comicidade
25 vagas | Duração: 6h | Classificação: 18 anos
Inscrição: link na bio
Entrada solidária: 1kg de alimento não perecível
Sinopse: Las Cabaças são uma dupla de palhaças formada pelas atrizes Juliana Balsalobre e Marina Quinan, que pesquisam temas e formas de atuação em comunidades visando a troca humana e cultural, buscando transformar as experiências vividas em roteiros teatrais por meio da linguagem da palhaçaria. A Trupe de Mulheres Esperança Garcia é um coletivo piauiense independente, formado por mulheres unidas pela busca da democratização do o à arte e ao direito das mulheres. Desenvolve uma metodologia própria intitulada “Teatro da Esperança” e acredita na arte como uma ferramenta político-pedagógica transformadora e formadora de conhecimentos e pensamentos críticos para micro revoluções diárias.
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